Está surgindo um novo tipo de profissional no mercado de treinamento e desenvolvimento de carreiras. Isso começou com o coaching personalizado, em que profissionais seniores, muito conceituados e com excelente didática, tornaram-se coachs. No trabalho por eles conduzido cada pupilo tem uma orientação e acompanhamento individualizado. Em seguida, surgiu a indústria do treinamento, ou seja, essa capacitação para ser um coach passou a ser objetivo de treinamento e formação profissional. Isso possibilitou que as organizações disponham de coachs em maior abundância e a custos mais interessantes do que no início.
O problema é: um treinamento atende uma pessoa de cada vez e mesmo o coach tem limitações quanto à especialização. Há um limite para a quantidade de informação e conhecimento que qualquer pessoa pode assimilar e reter.
Nesse contexto, surge o E-coach, que é, por definição, um catalisador e retransmissor tanto de informação como de motivação, liderança, austeridade, planejamento, foco no futuro, mudanças, enfim, um profissional que tem a habilidade, o conhecimento e a tecnologia necessárias para extrair das melhores fontes disponíveis o que é necessário em cada momento específico ao seu coachee, tanto dentro da empresa como fora desta.
Uma vez obtidos conhecimentos e desenvolvidas as necessárias competências, o E-coach os transforma em programas específicos através dos quais de forma personalizada, auxiliará seus coachees, potencializando e maximizando os resultados.
O E-coach assume um papel proativo nos processos de levantamento de necessidades e gestão de RH, passando a ter um compromisso direto com o padrão da excelência, até porque se trata de um avanço significativo no uso da tecnologia.
E como fica a gestão de pessoas? Já temos um prenúncio do papel do RH quando vemos profissionais do setor na cúpula de organizações, tomando parte em decisões que afetam os negócios e a estratégia das empresas. Isso ocorre porque esses profissionais se vêem como responsáveis pela excelência das pessoas que compõem a equipe.
O trabalho de RH precisa estar muito mais voltado à contribuição imediata das pessoas à organização, até porque irá trabalhar com um turn over cada vez mais acelerado, e com o fato de que as equipes serão formadas por pessoas que terão a capacitação técnica para atuar, mas não terão tempo de se conhecerem profundamente.
Além do desafio de administrar populações heterogêneas, os relacionamentos profissionais estão aumentando, e isso é uma mudança drástica porque as pessoas procuram interação pessoal, é de sua natureza. Mas, como o tempo de convivência é cada vez menor e a exposição a novos parceiros de trabalho cada vez mais constante e rápida, isso pode gerar mais frustrações, mais estresse do que nunca, e isso precisa ser administrado, porque é uma contingência do mundo moderno.
Outro quesito importante: os profissionais qualificados são mais disputados e é preciso seduzi-los para que permaneçam mais tempo na organização. A retenção dos talentos é um desafio.
É preciso lidar com situações pontuadas de pressão e seu impacto nas pessoas. O conhecimento dos aspectos motivacionais intrínsecos a cada indivíduo, bem como a capacidade de colocá-lo onde ele mais bem possa contribuir, são fatores imprescindíveis para a gestão de pessoas.
Esse é o contexto onde o profissional de RH que se qualifica como webcoach se insere. A identificação de necessidades mencionada anteriormente deixa de ser reativa, no sentido de simplesmente atender às demandas do cliente interno, e passa a ser proativa, onde o webcoach observa os indicadores de desempenho da organização, assim como os comportamentos das pessoas e das equipes, sacando daí as oportunidades de melhoria que podem ser alcançadas através da sua intervenção.
Os resultados possíveis são vários, desde a retenção de talentos; maximização do desempenho; alinhamento constante com a missão, visão e valores da empresa; melhoria no clima organizacional e até na qualidade de vida dos colaboradores participantes do programa. O webcoach usa o conhecimento, a liderança e a capacidade de motivação, fazendo-as suas através da tecnologia de ponta.
Fazendo uma comparação, se o treinador profissional é aquele que passa informação e credibilidade baseado na própria experiência, o que sem dúvida é muito bom, mas limita tanto a capacidade como o raio de ação, o webcoach é aquele que utiliza o conhecimento e a experiência de outras pessoas, além do seu próprio, para potencializar essa mesma capacidade e raio de ação.
Precisa de um E-Coach?
Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel
Nenhum comentário:
Postar um comentário